Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 5 de 5
Filtrar
Mais filtros










Intervalo de ano de publicação
1.
Psicol. USP ; 31: e190057, 2020. graf
Artigo em Português | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-1135813

RESUMO

Resumo Em 2018, os "acontecimentos de Maio de 1968" co-memoraram cinquenta anos. No Brasil, co-memorávamos os cinco anos de junho de 2013, uma parte do composto do "ciclo de lutas". Esses dois momentos têm em comum, entre outras coisas, o fato de nos fazer pensá-los ainda hoje, pois, apesar de terem findado enquanto ato, eles continuam a existir em termos de afeto e efeito. Eles fazem parte de uma memória coletiva, de uma co-memória, que permite que se participe junto em razão daquilo que deixaram no tempo depois. São significados, sentidos e restos que se manifestam no campo sócio-político e no campo de uma subjetividade coletiva. Neste trabalho, destaco dois elementos similares de tais eventos: o imaginário anarquista que os caracterizou e também a consolidação do que denomino de "liderança negativada". A psicanálise serve como suporte teórico para as considerações, especialmente no que tange à questão do que se repete.


Abstract In 2018, 50 years of the 'events of May 1968' were com-memorated. In Brazil, we com-memorated five years of June 2013, part of the compound 'cycle of struggles'. Both moments incite us to think about them even today. Although they ended as an act, their existence nowadays consists of affection and effect. They are part of collective memory, a co-memory that allows experiences based on what they have produced. In terms of meanings, thoughts and remains that are manifested in the socio-political and 'collective subjectivity' fields. In this paper, I highlight two related elements of such events: the anarchist imaginary and the consolidation of what I call 'negative leadership'. Psychoanalysis is the theoretical support for our considerations, especially regarding repetition.


Résumé En 2018 les « événements de mai 1968 ¼ co-mmémorent 50 ans. Au Brésil, nous co-mmémorons les cinq ans de juin 2013, ce qui fait partie du « cycle de combats ¼. Ces deux moments font toujours encore penser à eux, malgré le temps coulé. Étant fini en tant qu'acte, ils continuent à exister comme affect et effet. Ils font donc partie d'une certaine mémoire collective, d'une co-mmémoire, permettant un partage d'après de ce qui vient après. Ce sont des signifiés, des sens et des restes qui se manifestent dans le champ sociopolitique et dans le champ de la « subjectivité collective ¼. Dans ce travail on cible deux éléments similaires de tels événements : l'imaginaire anarchiste qu'ils évoquent et la consolidation de ce qu'on nomme le « leadership négatif ¼. La psychanalyse sert de support théorique aux réflexions, notamment en ce qui concerne les répétitions.


Resumen En 2018, los "acontecimientos de mayo de 1968" con-memoran cincuenta años. En Brasil, con-memoramos los cinco años del junio de 2013, parte del compuesto "ciclo de luchas". Estos dos momentos tienen en común, entre otras cosas, el hecho de nos hace pensar en ellos hasta hoy, pues, a pesar de haber finalizado mientras acto, permanecen sus efectos y afectos. Forman parte de la memoria colectiva, de una co-memoria, que permite la participación conjunta a consecuencia de lo que nos han dejado. Son significativos, sentidos y restos que se manifiestan en el campo sociopolítico y en el campo de la "subjetividad colectiva". En este trabajo destaco dos elementos semejantes de tales eventos: el imaginario anarquista que los caracterizó y también la consolidación de lo que se denominó "liderazgo negativo". El psicoanálisis sirve como soporte teórico para las consideraciones, específicamente en la cuestión de aquello que se repite.


Assuntos
Humanos , Ativismo Político , Liderança , Psicanálise
2.
Rev. polis psique ; 8(2): 67-92, maio-ago. 2018. ilus
Artigo em Português | Index Psicologia - Periódicos, LILACS | ID: biblio-1058797

RESUMO

A proposta deste trabalho é trazer uma contribuição partindo da noção psicanalítica de histeria que percorre o avanço teórico em Freud e em Lacan, para dizer de organizações coletivas. Para isso, pretendemos dedicar-nos às elaborações de Freud (1921) sobre 'identificação por meio do sintoma' -- que dão margem a uma suposta 'histeria coletiva' -- e a posterior teoria dos discursos de Jacques Lacan (1969-1970) sobre o enquadramento dos laços sociais, nos atentando em sua provocação aos 'revolucionários' de maio de 1968, indicando-os como alocados ao que denominou de 'discurso da histérica'. Com isso, pretendemos defender, a partir da noção de histeria em psicanálise, a existência de ao menos dois desdobramentos diferentes que se originam do mesmo tipo clínico: 'histeria coletiva' e 'discurso da histeria'. Assim, tentamos contribuir para melhor compreensão das possibilidades e limitações das manifestações coletivas e grupamentos sociais, especialmente alguns que permearam a cena política brasileira nos últimos tempos. (AU)


The proposal of this paper is to bring a contribution starting from the psychoanalytic idea of hysteria that goes of theoretical advance by Freud and by Lacan to think about collective organisations. For this purpose, we intend to dedicate our studies especially to elaborations by Freud (1921) about 'identification to a symptom' - that permit it a suppose 'collective hysteria' - and the succeeding theory of the discourses by Lacan (1969-1970) about the social ties' framework, observing his provocation to the 'revolucionaries' of 1968 May, pointing them as being allocated to the 'Discourse of the Hysteric'. Therefore, we intend to defend from the idea of hysteria in psychoanalyses, the existence at least two different ramifications originating from the same clinical type. Thus, we will try to contribute to a better comprehension of the possibilities and limitations of the social events and social groups, especially those that permeated the Brazilian political scene in recent times. (AU)


La propuesta de este trabajo es aportar una contribución a respeto de las organizaciones colectivas partiendo de la formulación psicoanalítica de histeria, haciendo un recorrido por los avances teóricos encontrados en la obras de Freud y de Lacan. Nos dedicaremos a las elaboraciones de Freud acerca de la 'identificación a través del síntoma' - que abre una grieta para pensar en una supuesta 'histeria colectiva'- y la posterior teoría de los discursos de Lacan acerca del encuadre de los lazos sociales, llamando nuestra atención a su provocación a los 'revolucionarios' de mayo de 1968, indicándonos de que se trataba de hallarse emplazado en lo que él ha denominado el 'Discurso de la Histérica'. De esta manera, nuestra intención es defender, partiendo de la noción de histeria en psicoanálisis, la existencia de al menos dos desenlaces distintos que tienen origen en la misma tipología clínica. Así pensamos contribuir para avanzar en una mejor comprensión de las posibilidades y limitaciones de las manifestaciones, en especial algunos de los cuales formaron parte de la escenario político brasileño reciente. (AU)


Assuntos
Política , Teoria Psicanalítica , Meio Social , Histeria/psicologia , Comportamento de Massa , Sociedades , Brasil
3.
Rev. Subj. (Impr.) ; 18(Esp. A psicanálise e as formas do político): 81-92, julho - 2018.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1354711

RESUMO

Acontecimentos sociais e políticos, nacionais e internacionais, têm abalado nosso cotidiano. Conquistas que pareciam sedimentadas na direção da democracia e nos temas relativos aos direitos humanos, conquistas sociais e considerações éticas na vida política, têm sido substituídas por chavões e discursos de ódio, racismo e xenofobia sob a lógica da guerra. Desse modo, têm sido enfrentados fluxos massivos de imigrantes, frutos de guerras e violências, atentados terroristas e uma tensão cotidiana em que o debate localiza no outro o perigo: generaliza-se a figura do terrorista. Vamos propor um deslocamento da lógica da guerra a fim de dialogar sobre a queda dos ideais e das ilusões e as dificuldades de traçar direções para o futuro. Vamos apontar o imbricado enlace entre ética do desejo, política e resistência à instrumentação social do gozo. Entendemos que perder um ideal é diferente de perder uma ilusão, crença ou delírio. A descrença, a desilusão, tem seus efeitos ­ um deles é agarrar-se à fantasia delirante. A idealização é um processo que envolve o engrandecimento e superestimação do objeto, não dizendo respeito ao ideal. A aflição psíquica nomeada "desilusão" estende-se dos ideais culturais (no plano do ideal-do-Eu) às expectativas do Eu (plano do Eu-ideal). Essa questão nos alerta para o encobrimento de outra ilusão, de autoengendramento, de poder superar a dependência simbólica ao Outro. Diferenciar esses termos nos permite apontar o imbricado enlace entre ética do desejo, política e a resistência à instrumentação social do gozo. Quanto à posição da psicanálise, retomaremos a frase de Lacan em Ciência e Verdade (1966/1998): "Por nossa posição de sujeito somos sempre responsáveis. Que chamem a isto como quiserem, terrorismo".


Social and political events, national and international, have shaken our daily lives. Conquests that seemed to be set in the direction of democracy and on issues related to human rights, social achievements and ethical considerations in political life have been replaced by slogans and discourses of hatred, racism and xenophobia under the logic of war. In this way, massive flows of immigrants, fruits of wars and violence, terrorist attacks and a daily tension have been faced in which the debate finds in the other the danger: generalizes the figure of the terrorist. Let us propose a shift in the logic of war in order to talk about the fall of ideals and illusions and the difficulties of drawing directions for the future. Let us point to the overlapping link between ethics of desire, politics, and resistance to the social instrumentation of enjoyment. We understand that losing an ideal is different from losing an illusion, belief or delusion. Disbelief, disillusionment, has its effects - one of them is clinging to delusional fantasy. Idealization is a process that involves the enhancement and overestimation of the object, not referring to the ideal. The psychic affliction named "disillusionment" extends from cultural ideals (on the plane of the egoideal) to the expectations of the Self (plane of the I-ideal). This question alerts us to the cover-up of another illusion, of self-surrender, of being able to overcome symbolic dependence on the Other. Differentiating these terms allows us to point out the imbricated link between ethics of desire, politics and resistance to the social instrumentation of joy. Regarding the position of psychoanalysis, we shall return to Lacan's phrase in Science and Truth (1966/1998): "By our position of subject we are always responsible. Call it this way, terrorism".


Acontecimientos sociales y políticos, nacionales e internacionales, vienen afectando nuestro cotidiano. Logros que parecían firmados en el rumbo de la democracia y en los temas relacionados a los derechos humanos, logros sociales y consideraciones éticas en la vida política, vienen siendo sustituidos por clichés y discursos de odio, racismo y xenofobia bajo la lógica de la guerra. De este modo, flujo masivo de inmigrantes, fruto de guerras y violencias, ataques terroristas y una cotidiana tensión en la cual el debate localiza en el otro el peligro: se generaliza la figura del terrorista. Vamos a proponer un desplazamiento de la lógica de la guerra con la finalidad de dialogar sobre la caída de los ideales y de las ilusiones y las dificultades de trazar direcciones para el futuro. Vamos a enseñar la imbricada trama entre la ética del deseo, política y resistencia a la instrumentalización social del gozo. Entendemos que perder un ideal es diferente de perder una ilusión, creencia o delirio. La incredulidad, la desilusión, tiene sus efectos ­ uno de ellos es agarrarse a la fantasía delirante. La idealización es un proceso que envuelve el engrandecimiento y la súper estimación del objeto, sin relación con el ideal. La angustia psíquica nombrada "desilusión" se extiende de los ideales culturales (en el plan del ideal-del- yo) a las expectativas del Yo (plan del Yo-ideal). Esta cuestión nos alerta para el encubrimiento de otra ilusión, de auto creación, de poder superar la dependencia simbólica del Otro. Diferenciar estos términos nos permite apuntar la imbricada trama entre ética del deseo, política y la resistencia a la instrumentación social del gozo. Cuanto a la posición del psicoanálisis, retomaremos la frase de Lacan en Ciencia y verdad (1966/1998): "Siempre somos responsables por nuestra posición de sujeto. Que llamen esto como quieran, terrorismo".


Des événements sociaux et politiques, nationaux et internationaux, troublent notre vie quotidienne. Des réalisations qui semblaient consolidées vers la démocratie et chez les droits l'homme; bien comme des réalisations sociales et de la pensée éthique dans la vie politique, sont remplacées par des discours de haine, de racisme et de xénophobie sous la logique de la guerre. De cette façon, des flux massifs des immigrés, des fruits de la guerre et de la violence, des attaques terroristes et une tension quotidienne sont confrontés. Cela se passe dans le débat qui montre le danger dans l'autre: de la généralisation de la figure du terroriste. Dans cet article on propose un décalage de la logique de la guerre avec l>objectif de discuter de la chute des idéaux, et des illusions, bien comme des difficultés de tracer directions pour l'avenir. On signale la liaison compliquée entre l>éthique du désir, la politique et, aussi, la résistance à l>instrumentation sociale de la jouissance. On comprend que perdre un idéal est différent de perdre une illusion, de la croyance ou de l'illusion. L>incrédulité et la désillusion ont ses effets - l>un de ces effets est s>attacher à une fantaisie délirante. L>idéalisation est un processus qui contourne l>agrandissement et la surestimation de l>objet, sans faire rapport à l>idéal. L>affliction psychique appelée «désillusion¼ s>étend des idéaux culturels (sur le plan de l>idéal du Moi) aux attentes du Soi (plan idéal du moi). Cette question attire attention au camouflage d>autre illusion, d'auto-engendrement, de la possibilité de surmonter la dépendance symbolique de l>Autre. Différencier ces termes nous permet de montrer la liaison compliquée entre l'éthique du désir, la politique et, aussi, la résistance à l'instrumentation sociale de la jouissance. À propos de la position de la psychanalyse, on reprend la phrase de Lacan dans «La Science et la vérité¼ (1966/1998): «De notre position de sujet, nous sommes toujours responsables. Qu>on appellent cela où l>on veut, du terrorisme.¼.

4.
Rev. Subj. (Impr.) ; 18(Esp. A psicanálise e as formas do político): 105-113, julho - 2018.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1354713

RESUMO

Vivemos em um tempo em que o mal-estar se radicaliza e se expressa em manifestações de intolerância. Buscamos sustentar a intolerância como fruto do mal-estar presente na constituição das fronteiras nos campos social e subjetivo e nos modos de circulação entre territórios. Há na intolerância uma posição do sujeito pautada pela ignorância consentida das complexidades em jogo - sociais, políticas, históricas, culturais, linguísticas ou psíquicas. Nessa operação, há um tripé: a paranoia como matriz do conhecimento da lógica liberal, que mantem o imaginário de uma sociedade sob ameaça e incita o medo da alteridade como afeto político central e o ódio como coadjuvante. Em uma lógica identitária, que se presta a certa 'obturação' da aventura do desejo, o outro se torna sinônimo de inimigo ou objeto de uma indiferença radical que preconiza o seu desaparecimento. A ignorância obscurece a ambivalência que está no cerne do sujeito e da agressividade que habita cada um. Mas, se de um lado, o ódio ou o desejo de destruição são constitutivos; de outro, é de escolha e responsabilidade do sujeito colocá-lo em ato.


We live in a time when malaise is radicalized and expressed in manifestations of intolerance. We seek to support intolerance as a result of the malaise present in the constitution of borders in the social and subjective fields and in the modes of circulation between territories. There is in intolerance a position of the subject ruled by the consenting ignorance of the complexities at stake - social, political, historical, cultural, linguistic or psychic. In this operation, there is a tripod: paranoia as the matrix of the knowledge of liberal logic, which holds the imaginary of a society under threat and incites the fear of alterity as central political affection and hatred as an adjunct. In an identity logic, which lends itself to a certain 'obturation' of the adventure of desire, the other becomes synonymous with an enemy or object of radical indifference that advocates its disappearance. Ignorance obscures the ambivalence at the heart of the subject and aggressiveness that inhabits each one. But if, on the one hand, hatred or the desire for destruction is constitutive; on the other, it is the subject's choice and responsibility to put it into action.


Vivemos en un tiempo en que el malestar se radicaliza y se manifiesta bajo la forma de intolerancia. Buscamos sujetar la intolerancia como fruto del malestar presente en la constitución de las fronteras en los campos social y subjetivo y en los modos de circulación entre territorios. En la intolerancia hay una posición del sujeto basada en la ignorancia permitida de las complexidades en juego ­ sociales, políticas, históricas, culturales, lingüísticas o psíquicas. En esa operación hay un trípode: la paranoia como matriz del conocimiento de la lógica liberal, que mantiene el imaginario de una sociedad bajo amenaza y provoca el miedo de la alteridad como afecto político central y el odio como secundario. En una lógica de identidad, que se ofrece a cierta 'obturación' de la aventura del deseo, el otro se transforma en sinónimo de enemigo u objeto de una indiferencia radical que preconiza su desaparecimiento. La ignorancia oscurece la ambivalencia que está en el centro del sujeto y de la agresividad que vive en cada uno. Pero, si de un lado, el odio o el deseo de destruición son constitutivos, de otro, es de elección y responsabilidad del sujeto ponerlo en acto.


On vit à une époque où le malaise va au extrême et s'expresse par des manifestations d'intolérance. On cherche à soutenir l'intolérance comme conséquence du malaise présent dans la constitution des frontières chez les domaines social et subjectif et dans les modes de circulation entre domaines. Dans l'intolérance, on trouve une position du sujet marquée par l'ignorance des complexités en jeu - sociales, politique, historiques, culturelles, linguistiques ou psychologiques. Dans cette opération, il y a un trépied: la paranoïa comme source de connaissance de la logique libérale, laquelle maintient l'imaginaire d'une société sous la menace et incite à la peur de l'altérité comme affection politique et incite aussi à la haine. Dans une logique d'identité, qui se prête à certaines «coupes¼ de l'aventure du désir, l'autre devient un synonyme d'ennemi ou un objet d'une indifférence radical que permet sa disparition. L'ignorance obscurcit l'ambivalence qui est au coeur du sujet et de l'agressivité qui habite à chacun. Mais si, d'un côté, la haine ou le désir de destruction sont constitutives; de l'autre, du sujet du choix, et de la responsabilité de les mettre en action.

5.
Rev. Subj. (Impr.) ; 18(1): 23-33, jan.-abr. 2018. ilus
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-990474

RESUMO

A proposta deste trabalho é abordar o limite de escala lógica do cartel. Esse dispositivo de transmissão é proposto por Jacques Lacan e chamado de "órgão de base" do funcionamento de sua Escola. O cartel pode ser entendido como uma forma coletiva que emerge de diversas tentativas - inclusive fracassadas - de constituição que se estrutura para-além dos efeitos de 'grupo' descritos por Freud em Psicologia das massas e análise do eu. Portanto, objetiva-se que o cartel escape às tradicionais estruturas hierárquicas e verticalizadas, além de tentar esvaziar o sentido das identificações entre os pares e do 'Um ideal'. Para tanto, a proposta é de um arranjo lógico limitado a 4+1, em que os membros do cartel se reúnam em torno de um tema (que funcionaria como elo entre o pequeno grupo), apresentando um argumento de trabalho que simultaneamente faz o grupo - uma vez que os membros estão articulados por uma produção de saber, uma tarefa - e particulariza a questão. Pensando com base na teoria dos discursos (que se utiliza de matemas para demonstrar os engendramentos dos laços sociais) proposta por Lacan em 1969-70, a estrutura de um cartel pode ser associada a uma inscrição no discurso do analista. Os outros discursos - do mestre, do universitário e da histérica - de certo modo mapeiam o aparelhamento de gozo de maneira indiferente às escalas sociais. A qualificação 'numérica' do cartel é pouco estudada na psicanálise e, em nosso entender, diz de um compromisso implícito da teoria lacaniana com certas teses da filosofia política e da sociologia a respeito da origem dos fenômenos de massa. Partindo-se dessas idéias é que nos perguntamos o que seria um 'laço pelo discurso analítico' que não corroborasse com esse corolário restritivo, que, ao contrário dos outros discursos, incide sobre a escala do laço social. Tentamos nos servir da psicanálise - sobretudo da proposta lacaniana do cartel - para pensarmos na estrutura grupal como também potencialmente emancipatória. Acreditamos que isso está posto no fundamento do 'órgão basal' da Escola, ao sugerir pensar para-além da alienação grupal.


The purpose of this paper is to address the logical scale limit of the cartel. This transmission device proposed by Jacques Lacan and called the "basic organ" of the functioning of his School can be understood as a collective form that emerges from a number of attempts - including failures - of the constitution that structures itself beyond the group effects described by Freud in Mass Psychology and Self-Analysis. Therefore, it is intended that the cartel escape from traditional hierarchical and vertical structures, as well as try to empty the sense of identifications between peers and the "One ideal". To do so, the proposal is a logical arrangement limited to 4 + 1, in which the cartel members gather around a theme (which would act as a link between the small group), presenting a working argument that simultaneously makes the group - since the members are articulated by a production of knowledge, a task - and particularizes the question. Thinking on the theory of speeches (using maths to demonstrate the engendering of social ties) proposed by Lacan in 1969-70, the structure of a cartel can be associated with an inscription in the analyst's speech. The other speech from the master, the university, and the hysteric-somehow map the apparatus of enjoyment indifferently to social scales. The "numerical" qualification of the cartel is little studied in psychoanalysis and, in our opinion, it says of an implicit commitment of the Lacanian theory with certain theses of the political philosophy and the sociology with respect to the origin of the mass phenomena. Starting from these ideas, we ask ourselves what would be a "tie by analytic discourse" that does not corroborate this restrictive corollary, which, unlike the other speeches, focuses on the scale of the social bond. We try to use psychoanalysis - especially the Lacanian proposal of the cartel - to think of the group structure as also potentially emancipatory. We believe that this is on the foundation of the 'basal organ' of the School, by suggesting thinking beyond group alienation.


La apuesta de este trabajo es tratar del límite del nivel lógico del cartel. Ese dispositivo de transmisión es propuesto por Jacques Lacan y llamado de "órgano de base" del funcionamiento de su Escuela. El cartel puede ser entendido como una forma colectiva que surge de diversos intentos - incluso fracasados - de constitución que se estructura para allá de los efectos de 'grupo' descritos por Freud en Psicología de las masas y análisis del yo. Por lo tanto, se objetiva que el cártel escape de las tradicionales estructuras de jerarquía y verticalizadas, además de intentar vaciar el sentido de las identificaciones entre los pares y del 'Un ideal'. Para eso, la propuesta es de un arreglo lógico limitado a 4+1, en que los miembros del cartel se reúnan en torno de un tema (que funcionaría como eslabón entre el pequeño grupo), presentando un argumento de trabajo que el grupo hace a la vez - una vez que los miembros están articulados por una producción de saber, una tarea - y particulariza la cuestión. Pensando con base en la teoría de los discursos (que se utiliza de matemas para demostrar la formación de los lazos sociales) propuesta por Lacan en 1969-70, la estructura de un cartel puede ser relacionada a una inscripción en el discurso del analista. Los otros discursos - del maestro, del universitario y de la histérica - de cierto modo mapean el aparato de gozo de manera indiferente a las escalas sociales. La calificación 'numérica' del cartel es poco estudiada en el psicoanálisis y, en nuestro entendimiento, habla de un compromiso implícito de la teoría lacaniana con ciertas tesis de la filosofía política y de la sociología a respecto del origen de los fenómenos de masa. A partir de esa idea nos preguntamos qué sería un 'lazo por el discurso analítico' que no corroborara con ese corolario restrictivo que, al contrario de los otros discursos, cae sobre la escala del lazo social. Intentamos servirnos del psicoanálisis - sobre todo de la propuesta lacaniana del cártel - para pensar en la estructura de grupo como también potencialmente emancipadora. Creemos que eso está puesto en el fundamento del 'órgano basal' de la Escuela, al sugerir pensar para allá de la alienación de grupo.


Le but de cet article est aborder la limite d'échelle logique du cartel. Ce dispositif de transmission est proposé par Jacques Lacan et est appelé «organe de base¼ du fonctionnement de son école. Le cartel peut être compris comme une forme collective qui résulte de diverses tentatives - même les tentatives échouées - de constitution qui est structurée au-delàs des effets de «groupe¼ décrit par Freud dans Psychologie des masses et analyse du moi. Donc, il est prévu que le cartel échappe aux traditionnelles structures hiérarchiques et verticales, et aussi essaye de vider le sens des identifications entre les pairs et du «Moi idéal¼. À cette fin, la proposition est d'une disposition logique limitée à 4 +1, dans lequel les membres du cartel se réunissent autour d'un thème (qui fonctionnerait comme un lien entre le petit groupe), en présentant un argument de travail qui (simultanément) construit le groupe - une fois que les membres sont articulés par une production du savoir, une tâche - et identifie le problème. En prenant comme base la théorie des discours (laquelle s'utilise de mathèmes pour démontrer les mécanismes des liens sociaux) proposée par Lacan en 1969-70, la structure d'un cartel peut être associée à un enregistrement au discours de l'analyste. Les autres discours - du maître, de l'universitaire et de l'hystérique - dans certaines façons, cartographient le développement de la jouissance indifféremment des échelles sociales. La qualification «numérique¼ du cartel est peu étudiée chez la psychanalyse et, à notre avis, montre un engagement implicite de la théorie lacanienne avec certaines thèses de sociologie et de philosophie politique par rapport à l'origine de phénomènes de masse. En prenant ces idées on se demande ce qui serait un «lien par le discours analytique¼ qui ne corrobore pas avec ce corollaire restrictif, qui, contrairement aux autres discours, influence l'échelle du lien social. On s'est servi de la psychanalyse - en particulier de la proposition lacanienne de cartel - avec l'objectif de penser la structure de groupe comme potentiellement émancipatrice. On croit que cela est présenté dans le fondement de «l'orgue basale¼ de l'École, quand s'est suggérée penser au-delà de l'aliénation du groupe.

SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA
...